Neurônios fluorescentes

Luis de la Torre Ubieta Geschwind Laboratory UCLA

Crédito da imagem: Luis de la Torre-Ubieta, Universidade da Califórnia Los Angeles
Este encéfalo de camundongo foi fotografado em um microscópio na vista coronal, ou seja, dividindo a frente da parte de trás do encéfalo. Para criar essa imagem o tecido foi tratado para ficar transparente o que permite que estruturas profundas sejam vistas mais facilmente. Em seguida, o corte recebeu uma luz que identifica neurônios fluorescentes transgênicos, ou seja, que possuem uma proteína verde fluorescente também chamada de GFP. A GFP foi descoberta na década de 60 por Osamu Shimomura na água-viva Aequorea Victoria que era fluorescente. Pela descoberta e pelo desenvolvimento da GFP como importante ferramenta de pesquisa na biologia, Shimomura ganhou o Nobel de Química de 2008. Desde então, a GFP tem sido usada para dar fluorescência à células, neste caso neurônios. Ela é acrescentada ao genoma dos animais, assim seus neurônios produzem GFP e ficam fluorescentes. Esses animais são então transgênicos, ou seja, foi acrescentado ao genoma um gene da água-viva que gerará uma proteína que normalmente não produzem. Na foto acima, a GFP não está verde porque as cores foram transformadas de acordo com a profundindade dos neurônios. Neurônios mais superficiais são vermelhos e conforme são mais profundos são laranjas, amarelos, roxos, azuis e verdes. Essa foto ficou entre as 20 melhores imagens em ciência do ano e recentemente foi capa da revista Neuron, uma das revistas de Neurosciência mais lidas do mundo.

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